História do picolé

História do picolé
História do picolé

Imagine que a história do picolé é uma aventura gelada que começou há mais de 4 mil anos com o sorvete de massa, mas teve uma reviravolta inesperada em 1905, protagonizado por um jovem norte-americano de apenas 11 anos chamado Frank Epperson. Após um dia divertido na neve, Frank esqueceu um copo de suco com uma colher na varanda. No dia seguinte, descobriu acidentalmente o sorvete de palito, quando encontrou a colher presa no suco congelado. Esse momento mágico poderia ter sido apenas uma memória de infância, mas Frank, com uma visão de futuro, transformou essa casualidade em inovação.

Em 1913, já com 18 anos, ele decidiu recriar sua descoberta acidental, dando início a uma jornada que levaria ao sucesso estrondoso. Em 1923, a invenção foi patenteada como “eppsicle” (uma brincadeira com as palavras “Epp” e “icicle”, que significa pingente de gelo ou ponta de gelo em inglês). O sabor da aventura estava apenas começando. Em 1925, a criação de Frank foi adotada por uma empresa de Nova York, recebendo o nome pelo qual conhecemos hoje: Popsicle.

A saga do picolé desembarcou no Brasil trazendo consigo recordes e inovações, como o do Bloco Picolé de Manga, em João Pessoa, que em 2013 cravou seu nome na história ao criar um picolé de 227,1 kg no sabor manga. Não muito depois, em 2014, as “paletas mexicanas” invadiram as ruas brasileiras, inspirando uma nova onda de paixão por sorvetes no palito.

E para os amantes de fatos curiosos, não podemos esquecer o episódio digno de Guinness Book em 1997, quando uma empresa holandesa criou um gigante picolé de 6,40 metros. Uma tentativa de quebrar esse recorde em 2005, em Nova York, terminou em uma inusitada inundação de suco de kiwi e morango, provando que nem todas as aventuras geladas terminam como esperado.

Mas o que dizer sobre o consumo de picolé no Brasil hoje? De acordo com dados recentes da Associação Brasileira das Indústrias de Sorvete (ABIS), o Brasil é um dos maiores consumidores de sorvetes no mundo, com um mercado vibrante que reflete uma paixão nacional por essa delícia gelada. Em particular, o consumo de picolés continua a crescer, com uma preferência notável por sabores frutados, achocolatados e inovadores, evidenciando a contínua evolução dessa história saborosa. Os brasileiros não apenas mantêm viva a tradição do picolé, mas também participam ativamente na criação de novos capítulos dessa doce e refrescante aventura.

A família Mocelin, proprietária da Diêlo há quase quatro décadas, sempre valorizou muito as embalagens que protegiam seus produtos e levavam a lembrança da marca de quem fabricava para os consumidores, tanto é que buscavam diferenciação dos demais estampando a logo em cada picolé produzido, diferente da grande maioria das empresas de sorvete da época que compravam embalagens genéricas contendo o nome do sabor e figuras alusivas ao mesmo estampados no plástico que envolvia os produtos. Abaixo a imagem das embalagens e o depoimento do Sr. Claudir Ângelo Mocelin

“Em 1994, produzimos estas embalagens numa das poucas empresas que faziam essa personalização, no Estado de São Paulo. Antigamente custava muito caro fazer o fotolito para utilizar nas embalagens, talvez por esse motivo, a empresa que produzia as embalagens comentou comigo que todas as demais indústrias de sorvetes mudavam os layouts a cada 8 anos em média, eu fui diferente, não me importava com o investimento, atualizava a cada dois anos e exigia a minha marca impressa em cada uma das embalagens.” – (Claudir Ângelo Mocelin, Diretor da Diêlo Sorvetes e Açaí)

Atualmente, a Diêlo possuí mais de vinte opções de sorvete em palito, tradicionalmente conhecidos como picolés, que atendem todos os gostos. Desde o público infantil até a terceira idade, passando também pelos adultos que, constantemente buscam uma lembrança afetiva dos sabores da infância.

Fontes: https://recreio.uol.com.br/noticias/ciencia/quem-inventou-o-picole.phtml

Referência: https://pt.wikipedia.org/wiki/Picolé#:~:text=4%20Referências-,Origem,gelo%20com%20sabor%20de%20fruta.